Mostrando postagens com marcador futuro. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador futuro. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 24 de julho de 2014

Por amor às causas perdidas.

Nos filmes têm: uma pessoa com um sonho, a família toda apoia, a pessoa consegue realizar ele de alguma forma.
Na vida real tem: eu. Eu tenho um sonho, mas já tive vários.

# Evento da vida número 1:
Cinco anos. Clube.
Eu estava aprendendo a nadar e vivia feliz por conta disso, até que um dia cansaram e" pararam de ter tempo" para me levar até o clube e eu nunca aprendi a respirar embaixo da água. Ainda assim, fui convencida de que a ideia de parar tinha sido minha já que o inverno estava chegando e estava ficando frio. Hoje eu não sei nadar e tenho a certeza de que não parei porque quis.

# Evento da vida número 2:
Nove anos. Tatame.
Eu queria aprender jiu-jitsu porque me convenceram de que eu era sedentária e precisava fazer algum esporte ou dança. Optei pelo esporte, optei pelo jiu-jitsu. Se eu estava fazendo o pediram, iriam me apoiar, certo? Errado. Nunca ninguém se importou, nunca me viram treinar, nunca compraram um kimono. Desisti.

# Evento da vida número 3:
Dos seis anos aos dezessete. Colégio.
De apresentação da festa junina à apresentação de trabalho importante. Só me lembro de alguém ter ido três vezes. (P.s.: a desculpa "falta de tempo" será ignorada, porque apoio não depende muitas vezes de presença e às vezes eu só queria que me vissem ensaiar, ali na sala de casa mesmo ou fossem comigo comprar algum material pro trabalho, até ajuda na hora de fazer pesquisa servia.)

# Evento da vida número 4:
Dezenove anos. Faculdade.
Eu já estava decidida e todos já sabiam o que eu queria. "Tão novinha e já sabe o quer para o futuro", lembro que muitos diziam isso, porém não adiantou nada. Falam que não vou ganhar dinheiro (e daí?), que eu vou trabalhar muito (aprendi com você, mamãe, beijo) e que não vai me dar "estabilidade". Queriam que eu fizesse concurso público para garantir o salário, ter estabilidade e provavelmente ser infeliz e morrer de tédio.


Recado para todo mundo: olha, eu vou fazer o que eu quiser. Eu descobri que felicidade independe de apoio, então eu vou seguir sozinha mesmo. Eu e meus sonhos, juntinhos. Se não der certo eu já estou preparada para ouvir "eu avisei", mas se der, eu vou ser tão feliz, de um jeito que certamente vocês nunca serão. Eu vou me sentir completa.


terça-feira, 1 de julho de 2014

Tédio.

Talvez você tenha entrado na minha vida para isso: destruir meus planos para o futuro. Casa com varanda, em um lugar frio pra eu tomar chocolate quente, ler e escrever? Esquece. Já consigo imaginar você reclamando que a tv não pega direito e que já assistimos todos os filmes legais do netflix. Consigo me ver gritando com um cachorro (é claro que você vai ignorar o meu medo e vai arrumar um cachorro) porque ele está destruindo minhas flores. Geladeira vazia porque o supermercado é longe o suficiente da nossa cama e o frio nos impede de levantar? Pelo menos duas vezes ao mês a gente vai reclamar disso.
Você vai reclamar que eu arrumo a casa ouvindo as minhas músicas, eu vou reclamar das suas também. Vai reclamar se eu acender a luz pra ler e você quiser dormir, eu vou reclamar se você ligar a televisão e eu quiser dormir. A gente vai viver reclamando independente do lugar.
Das duas, uma: ou o meu futuro não vai poder ser com você ou eu vou ter que refazer todos os meus planos.
Aguardo ansiosamente por uma solução.

sábado, 4 de janeiro de 2014

Resoluções.

Quando o ano passado começou eu já não tinha mais esperanças, tinha "dado o pause" em toda minha vida e tudo o que eu fazia era viver minha rotina.
2012 foi um ano que me destruiu completamente, mas eu sobrevivi. Descobri uma força em mim que se alguém tivesse me contado eu acharia que era piada. 
2013 só serviu para que eu me redescobrisse e deixasse velhos medos de lado. O ano terminou completamente diferente de como começou, principalmente porque eu estava diferente. Eu aprendi coisas incríveis sobre mim, o mundo, o futuro e os outros. Conheci pessoas das quais serei grata eternamente por fazerem parte da minha história. Eu não virei a página, eu comecei a escrever um livro. Voltando aquela velha lista de coisas para se fazer antes de morrer, pode-se riscar o número dois, de fato, eu pratiquei muito o desapego. Abdiquei de coisas que achei que nunca conseguiria em prol de algo maior, o meu bem estar e a minha felicidade. O desapego veio da aprendizagem que o ano me proporcionou, eu vi que se eu não fosse capaz de deixar certas coisas de lado, eu ficaria de lado para sempre.
E que nesse ano que começa, eu consiga abdicar de mais coisas e adquirir novas que só me façam bem. Bem vindo, 2014. É tempo de aprender, de viver e de ser feliz.

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Sobre o tempo.

O relógio da sala está quebrado, mas o tempo, não. Graças ao relógio quebrado e minha falta de memória tenho chegado atrasada em praticamente todos os compromissos. Isso porque o tempo não está quebrado.
Se o tempo parasse, eu moraria naquele abraço. Não terminaria aquele beijo, ouviria aquela risada até que eu transbordasse de alegria, me perderia para sempre naquele olhar. Eu dormiria o suficiente para o meu corpo descansar e assim não sentiria mais dores, logo não viveria de mau humor e distribuiria mais sorrisos. Se o tempo parasse, certamente eu sorriria mais.
Eu poderia conhecer o mundo inteiro, finalmente encontrar meus amigos do colégio e aprender tudo o que eu sempre quis saber. Eu queria que ele parasse para ver os filmes que eu sempre quis ver, ler todos os livros da minha lista, visitar todas as pessoas que eu tenho de visitar.
Se o tempo parasse, eu poderia viver.
Tudo o que eu quero é que nesse momento ele pare.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Sobre caminhar.

(ou Sobre seguir em frente.) (ou Sobre o novo ano.)

Nunca fui uma pessoa de fé, sempre achei que a fé é a coragem dos covardes. E nunca fui de admitir que era uma covarde. Logo eu, a mais covarde de todas. Mas não adianta, não consigo ter fé.
Ainda assim, alguma esperança eu consigo alimentar dentro de mim. Pouca, mas alguma. Com um novo ano começando fica um pouco mais fácil eu tentar me encher de otimismo e pensamentos positivos. O que fica difícil é dar o primeiro passo.
Quando você se acostuma com as coisas dando errado e encontra uma fonte (mesmo que seja mínima) de esperança e tenta se agarrar à ela, fica difícil agarrar para valer, admitir que talvez dessa vez as coisas não saiam de controle e podem até dar certo. O primeiro passo é admitir isso e é sempre o mais difícil. "O copo está meio cheio ou meio vazio?", admitir que o copo pode estar 51% cheio é difícil, 1% faz uma diferença enorme quando se trata da vida e de tudo o que pode dar errado nela. 1% faz diferença quando o assunto é felicidade.
Com o primeiro passo dado vem a coragem para dar os outros e cada vez mais a fé se afasta de mim...
Mas apesar de não ter fé, eu sempre pedi. Aos astros, a mim mesma, ao destino, a nada. Sempre pedi. Só que hoje eu não peço mais nada, não aguento mais pedir. Chegou a hora de realizar.

"Se a vida fosse um ensaio... e tivéssemos tempo para refazer. Poderíamos experimentar até acertar. Infelizmente, cada dia da nossa vida é o dia final. Parece que mesmo quando podemos ensaiar e praticar... não estamos preparados para os grandes momentos da vida." (Grey's Anatomy 8x11)

sábado, 14 de maio de 2011

Fugacidade.

(ou o que se perde enquanto os olhos piscam.)

Abre os olhos. Primeiro choro, primeiro colo, primeira coisa a comer, primeiro cochilo, primeiro banho, primeiros passos, primeiras palavras, primeiros amigos, primeira viagem, primeira vez a ver o mar. Pisca. Maternal, novos amigos, corte e colagem, sorvete, pique-pega, policia e ladrão, elefantinho colorido. Pisca. Jardim de infância, ler as primeiras palavras e também escrevê-las, natação, mais sorvete, mais pique-pega, mais todas as brincadeiras. Pisca. Escola novo, amigos novos, primeiro sutiã, ensino fundamental, primeiro beijo, primeira paixão. Pisca. Primeira briga com a melhor amiga, primeiro namorado, festa de quinze anos, ensino médio, formatura. Pisca. Primavera, verão, outono, inverno. Pisca. Faculdade, vodka, cerveja, tequila, sexo. Pisca. Conhecer o amor da sua vida, olhá-lo nos olhos pela primeira vez, beijá-lo pela primeira vez e casar com ele. Pisca. Filhos, netos e bisnetos. Pisca. Abre os olhos. Pisca. Tenta abrir. Pisca. Fecha os olhos. Para sempre.

O tempo é tão fugaz que quando você finalmente percebe, grande parte da sua vida já passou diante dos seus olhos e você não aproveitou.

domingo, 16 de janeiro de 2011

Parênteses.

Então, um momento de clareza.

Nascer ( ) Morrer.
O que fica entre esses dois acontecimentos? O que acontece entre os parênteses? Talvez não seja importante, talvez defina tudo.
Três A's. Eles definem muita coisa:

- Alegria
- Amizade
- Amor

Mas será que todos eles são importantes? Será que é necessário ter todos pra conquistar a felicidade plena? E a tal felicidade, é mesmo necessária ou se pode viver sem?
Talvez a resposta seja justamente a pergunta. Talvez entre os parênteses só aja incerteza e perguntas que nunca serão respondidas. Talvez isso seja viver.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Eu vejo a vida melhor no futuro...

E o que será de mim daqui há dez anos? O que eu vou fazer, com quem eu vou estar, aonde vou morar? Olhando para o passado, terminei por imaginar o futuro.
Esse ano o que eu mais fiz foi pensar nisso, pensar que a escola tá acabando, faculdade chegando e muitas, muitas coisas irão mudar. E todo esse processo de mudança realmente me preocupa. Não saber o que irá acontecer é terrível, não sei se vou conseguir passar para a faculdade, se vou me dar bem lá, se serei uma boa profissional.
Sinto que ainda não estou pronta, que no fundo ainda sou uma criança indefesa que só quer brincar, sinto que ainda sou uma menininha que precisa ouvir história pra dormir. Talvez eu ainda não esteja pronta, talvez eu ainda precise brincar, ouvir histórias.
Isso não deveria ter acontecido, o tempo não deveria ter passado !
"De repente, as pessoas esperam que você seja responsável, sério, gente grande."
Mas o tempo passa e o que me resta é imaginar um futuro feliz, pra mim, pros outros que me cercam, e até pro mundo todo.