Você diz que tudo tem dois lados, mas ultimamente seus argumentos andam muito falhos para mim.
Mas eu entendo.
Meu desejo de me enclausurar não condiz com a minha vontade de aparecer para o mundo, já a minha vontade de aparecer para o mundo não condiz com a minha timidez.
É a preguiça contra a vontade de levantar. O romantismo contra o medo de amar. Ter ganho liberdade e não me sentir livre, apenas me sentir... só.
E essa vontade de crescer? Não combina em nada com a minha vontade de voltar a ser criança. E brincar... brincar. Só brincar.
Dois lados dentro de mim e o que eu faço? Paro. Não sigo nenhum. E acabo ouvindo suas baboseiras, porque mesmo falhos, seus argumentos são o que tenho de mais concreto para me agarrar. E eu me agarro.
domingo, 25 de novembro de 2012
O outro lado.
quinta-feira, 8 de novembro de 2012
Quinta de Poesia #38
O que fica?
A beleza se vai
A vaidade não existe mais
A força se acaba
Os olhos ficam brandos e lagrimais
A voz quase não sai
As marcas aparecem cada vez mais
O tempo
Como queria que durasse um pouco mais
Então o que fica?
Quando chegamos uma determinada idade
Sabemos muito bem
Mas o que da saudade
Que saudade
É do que já se foi há muito tempo
Sandro Sansão da Silva Costa
A beleza se vai
A vaidade não existe mais
A força se acaba
Os olhos ficam brandos e lagrimais
A voz quase não sai
As marcas aparecem cada vez mais
O tempo
Como queria que durasse um pouco mais
Então o que fica?
Quando chegamos uma determinada idade
Sabemos muito bem
Mas o que da saudade
Que saudade
É do que já se foi há muito tempo
terça-feira, 6 de novembro de 2012
Não me ensinaram.
Não me ensinaram a errar.
Ou a desenhar.
Não me ensinaram a perdoar.
Muito menos a esquecer.
Não me ensinaram a ligar pra pizzaria sem gaguejar.
Ou a ficar um dia inteiro sem estalar os dedos.
Não me ensinaram a beber por status.
Muito menos tratar mal as pessoas à minha volta.
Tentaram me ensinar a crer, mas isso eu não aprendi.
Não me ensinaram a gostar de rosa.
Ou a não ter medo de nada.
Me ensinaram a comer salada, mas isso eu desaprendi rápido.
Não me ensinaram a ser otimista.
Muito menos a me entregar.
Agora os anos passam e eu não consigo aprender nada disso...
Ou a desenhar.
Não me ensinaram a perdoar.
Muito menos a esquecer.
Não me ensinaram a ligar pra pizzaria sem gaguejar.
Ou a ficar um dia inteiro sem estalar os dedos.
Não me ensinaram a beber por status.
Muito menos tratar mal as pessoas à minha volta.
Tentaram me ensinar a crer, mas isso eu não aprendi.
Não me ensinaram a gostar de rosa.
Ou a não ter medo de nada.
Me ensinaram a comer salada, mas isso eu desaprendi rápido.
Não me ensinaram a ser otimista.
Muito menos a me entregar.
Agora os anos passam e eu não consigo aprender nada disso...
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