sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Adeus.

Tentou se afastar, achou melhor voltar.
Mudou todos os planos, tentou juntar aos dele, não deu.
Tentou somar os sonhos, mas eram muito diferentes.
Tentou se convencer, mas percebeu que não conseguia mais amar, não à ele.
Ela só percebeu que precisa descansar, que finalmente aprendeu a se amar, a pensar em si.
Mas ela não sabe dizer adeus. Ela tentou, mas não conseguiu. Precisa dizer que não sabe se vai ligar, mas que sabe que nada vai mudar.
Não sabe dizer adeus, não sabe mais lhe amar...

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Sexta de Música #37

"All I want is for you to make love to me.
Am I hard enough?
Am I rough enough?
Am I rich enough? 
I'm not too blind to see"

terça-feira, 16 de outubro de 2012

16.10.2012

Nesse momento estou bem em cima da nossa banheira ou pelo menos do lugar aonde ela irá ficar, já consigo visualizar você dentro dela, submersa e de olhos fechados, sentindo a água em seu corpo e se transformando na própria. E eu estarei encostado na porta, você não notará minha presença e eu continuarei calado, apenas admirando a bela mulher por quem fui me apaixonar.
Na cozinha, é fácil ver os jantares que faremos. Cheiro de alguma coisa queimada e a gente discutindo se vamos ligar para pizzaria ou algum restaurante japonês. Nós precisamos aprender a cozinhar, amor.
Na sala toda a representação dos nossos opostos. O video game do lado da máquina de escrever que você herdou do seu avô, o violão ao lado do livro do momento. Lugar do que nos afasta, mas aonde nos encontraremos mais.
Se eu fechar os olhos, quase sinto você ao lado do berço, com nosso bebê nos braços, ninando ele ao som de Rolling Stones. Você olhará para mim e dirá: "cantigas de ninar são um tédio.", e assim que ele adormecer, te levarei para o quarto, ainda com a canção em mente e cantarei.

All I want is for you to make love to me.
Am I hard enough?
Am I rough enough?
Am I rich enough? 
I'm not too blind to see.

É, nós teremos uma vida boa.
Para sempre teu,
Bruno.

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Quinta de Poesia #37

Dizem que Finjo ou MintoDizem que finjo ou minto 
Tudo que escrevo. Não. 
Eu simplesmente sinto 
Com a imaginação. 
Não uso o coração. 

Tudo o que sonho ou passo, 
O que me falha ou finda, 
É como que um terraço 
Sobre outra coisa ainda. 
Essa coisa é que é linda. 

Por isso escrevo em meio 
Do que não está ao pé, 
Livre do meu enleio, 
Sério do que não é, 
Sentir, sinta quem lê! 

Fernando Pessoa, in "Cancioneiro"