sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Sexta de Música #21

Eu quero um beijo de cinema americano
Fechar os olhos fugir do perigo
Matar bandido, prender ladrão
A minha vida vai virar novela
Eu quero amor, eu quero amar
Eu quero o amor de Lisbela
Eu quero o mar e o sertão



quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Quinta de Poesia #21

Encarar a vida pela frente, e vê-la como ela é...
Por fim, entendê-la e amá-la pelo que ela é...
E depois deixá-la seguir...
Sempre os anos entre nós, sempre os anos...
Sempre o amor...
Sempre a razão...
Sempre o tempo...
Sempre…As horas…

Virginia Woolf

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Untitled.

É engraçado? Você chegou, bagunçou a minha vida, me trocou. Já sofri demais, chega, já pode parar de rir.
Desfaz essa macumba, você que tanto pediu para eu te esquecer, não me deixa em paz. Eu procurei outras pessoas e achei alguém melhor que você, só que você, meu encosto, não permite que eu seja feliz.
Vamos combinar uma coisa? Da próxima vez trate sua carência em um bordel e mate sua saudade revendo minhas fotos. Tira meu telefone da discagem rápida e troca pelo de um terapeuta, arruma uma mulher e usa todo o seu ciúme doentio com ela. Me exclui de todas as redes sociais e pára de stalkear até meu cachorro.
Apenas me esqueça. Você que sempre foi especialista em me trocar, por que não faz isso de uma vez por todas? Se perdeu a graça para você me ver sofrer, imagina para mim...
Eu posso não ter você, mas uma coisa eu ainda tenho, baby, meu sono. Esse eu não perco nunca. Fica com as suas paranoias, que eu vou dormir em paz.

sábado, 15 de outubro de 2011

Chuva.

Caia.
Lave minha alma, limpe minha mente.
Me liberta, me leva com você, me faz chover também.
Me dê a energia do céu, da natureza, da vida.
Molha meus problemas, deixe que eles virem açúcar e derretam. Molha minhas alegrias, deixe que elas floresçam.
Faça do meu coração chuva e o faça chover. Limpe todas as paredes, tire suas impurezas, as pessoas ruins que passaram por ele e deixe apenas coisas boas. Bons amores, bons amigos.
Limpe também minha mente, deixe as lembranças da infância, mas tire a dos amores perdidos da adolescência.  Não deixe que eu me esqueça de quem já se foi e me queria bem.
Apenas caia.
E lave.
Mente, alma, coração, corpo, pessoas, mundo, ruas, árvores, animais.
Apenas caia.
E lave.


domingo, 9 de outubro de 2011

Sexta de Música #20


I remember how we used to be
Without the world upon our TV
Well can take it back or you let it lie
Wrap your life around evil's trap



quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Félix.

O silêncio e a escuridão são meus únicos companheiros agora que ela se foi, mas a desgraçada tinha de sangrar tanto?
Com cuidado tiro um cacho loiro (agora com pontas vermelho-sangue, literalmente) do rosto angelical da bela décima quarta. Dou uma última olhada em seu corpo, mesmo morta ela ainda é de tirar o fôlego. Mas isso já é doença, lembro-me enquanto fecho a porta.
No dia seguinte todos os tablóides expõem a décima quarta reclamando que sua morte foi "cruel e claramente sem motivo algum", pela décima quarta vez, eles estão errados. Eu tinha um motivo. Não sou uma pessoa cruel.
Eu deveria parar por aqui, esse jogo está ficando cansativo e perigoso, mas eu não consigo. Tudo se resume ao prazer. Cada vítima é como a primeira, os gritos são estimulantes, o coração batendo acelerado, as pupilas dilatadas de medo, tudo isso é lindo. E o sangue? Só de lembrar do cheiro e da cor do sangue delas sinto um prazer quase orgásmico.
A escolha das meninas é simples, normalmente são secretárias, a cor do cabelo não importa, muito menos o local aonde trabalham. A única coisa que me interessa é a condição de cometer o crime, por isso a maioria acaba sendo secretária.
Normalmente eu estou sentado em um café, um lugar como o Starbucks e a vítima me escolhe, como a ruiva sentada em minha frente que acaba de escolher a morte. Eu só preciso de um sorriso e um olhar em minha direção, como esses que ela acaba de me dar. Mas acima de tudo, é o sangue que me atrai. Um olhar e um sorriso bastam para que eu deseje o sangue dela. Mas por hora eu vou apenas segui-la e descobrir o melhor jeito de matá-la.

Quinta de Poesia #20

Em Março de 79

Farto de todos aqueles que com palavras fazem palavras mas onde não há uma linguagem;
Dirigi-me para a ilha coberta de neve.
A veação não conhece palavras.
As páginas em branco dispersam-se em todas as direcções.
Eu dei com vestígios de cascos de corça na neve.
Linguagem, mas nenhuma palavra.

Tomas Tranströmer