sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Sexta de Música #24

"A very merry christmas
And a happy new year
Let's hope it's a good one
Without any fear"


Quinta de Poesia #24

Enfeite a árvore de sua vida


com guirlandas de gratidão!


Coloque no coração laços de cetim rosa,


amarelo, azul, carmim,


Decore seu olhar com luzes brilhantes


estendendo as cores em seu semblante


Em sua lista de presentes


em cada caixinha embrulhe


um pedacinho de


amor,


carinho,


ternura,


reconciliação,


perdão!


Tem presente de montão no estoque do nosso coração e não custa um tostão!


A hora é agora! Enfeite seu interior! Sejas diferente! Sejas reluzente!




Autor Desconhecido.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Jardim.

(ou onde nosso amor floresceu)


Assim que a primavera dava seus primeiros sinais corríamos para o Jardim. Não era algo que precisava ser combinado, pois o ano todo esperávamos por aquela estação e aqueles dias no Jardim.
Minhas noites durante os outros nove meses do ano se resumiam em lembrar-me dos seus cabelos sendo tocados pelo vento, enquanto você corria em minha direção e sonhar com a estação que estava por vir.
Assim que chegava, a primavera nos presenteava com os dias mais belos.
Rolávamos pela grama e depois exaustos, descansávamos debaixo de uma árvore. Naqueles momentos eu desejava abandonar as aulas de piano e começar as de pintura. Você seria a minha Monalisa, mas estaria deitada e sorrindo, com o sol se pondo atrás, o céu alaranjado e seu rosto na penumbra. Seus olhos seriam tão expressivos quanto os da musa de Da Vinci e transpareceriam um misto de alegria, mistério e melancolia.
Aqueles anos, aquelas (nossas) primaveras, quando as árvores viraram nossas maiores confidentes e o sol parecia se pôr mais tarde só para nos dar tempo, serviram para que eu encontrasse respostas para todas as minhas perguntas, para que eu transformasse minha tortuosa vida em algo simples, apenas em amar você.

domingo, 18 de dezembro de 2011

Giorgia.


A primeira garrafa de champagne já foi aberta e logo os fogos começarão. "Ano novo, vida nova", nada como o último dia do ano para refletir as coisas que não foram feitas.
Esse ano não houveram amores. Assim como prometido na virada do ano, só haveria envolvimento carnal, afinal "amor é atraso de vida", já diria seu avô.
O emprego continua o mesmo, o chefe continua um canalha e as coisas continuam não indo bem com o seu pai.
Mas nesse Reveillón ela já não é a mesma Giorgia do ano passado, a antiga queria liberdade, diversão, queria esquecer. A nova anda pensando em casinha de campo, jardinagem e sumir do mundo.
A antiga queria ser lembrada, a nova anda querendo ser esquecida. A antiga guardava rancor em cada célula do seu corpo, a nova quer pedir perdão.
Giorgia não imaginava que em um ano, em míseros trezentos e sessenta e cinco dias poderia crescer tanto, poderia renascer. Mas isso aconteceu.
E para o ano que virá, ela o vê como um livro em branco. Sua história será contada, em primeira pessoa, em tempo real. E para ela, só resta torcer para que dê tudo certo. Ou pelo menos que dê um bom livro.

domingo, 11 de dezembro de 2011

Sobre o silêncio que fica.

Um último suspiro, talvez um último sorriso e o silêncio.
É como um hiato, uma grande pausa, que só faz aumentar.
Passam-se choros que de tanta dor são calados. Até a dor, quando é forte, mergulha em silêncio.
Passam-se minutos, pessoas, pêsames, mas o silêncio fica.
Dizem que o que fica é o vazio, mas é não. O vazio é preenchido pelo silêncio.
E o silêncio vai ficar para sempre preenchendo o vazio.
Talvez a escuridão no começo acompanhe o silêncio, mas depois ela vai embora. Com o tempo a cor aparece novamente. Mas não o silêncio, ele não se vai.
E de tudo, só o silêncio fica.

Sexta de Música #23

"I die, you smile, you laugh, I cry
And only, a girl like you could be lonely
And it's a crying shame, if you would think the same"


Quinta de Poesia #23


Days

What are days for?
Days are where we live.   
They come, they wake us   
Time and time over.
They are to be happy in:   
Where can we live but days?

Ah, solving that question
Brings the priest and the doctor   
In their long coats
Running over the fields.

Philip Larkin