sábado, 5 de março de 2011

O que vai e o que fica.

Talvez a ficha só tenha caído agora, quase dois meses depois. Suas coisas estão sendo doadas, tiradas de casa, levadas para um outro lugar qualquer, eu sei, é só mais uma maneira de tentar superar, mas não adianta. Cada lugar da casa ainda tem seu jeito, seu cheiro, se eu fechar os olhos posso vê-lo aqui, mas eu não quero fazê-lo. Se eu fechar os olhos, uma hora terei que abri-los e não poderia suportar perdê-lo outro vez.
De fato, só percebi a sua importância quando me contaram da sua partida. Também pudera, mal tivemos tempo de nos conhecer, mas eu sei que você me entendia. Entendia meus sonhos, minhas conquistas, minhas alegrias e eu tentava compreender sua dor, sua superação.
No fim, só me restaram perguntas e promessas. Mas agora não quero mais saber as respostas, afinal de nada valerão, mas as promessas que foram feitas, onde quer que esteja, tenha a certeza de que serão cumpridas.

P.S.: O texto foi feito sem rascunhos e de coração aberto.
P.S.²: Em memória de um velho amigo, que deixará (e já está deixando) saudades. Marcelo, obrigada por tudo.

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