segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

O que eu aprendi com os trevos.

As pessoas depositam tudo em mim. Sua sorte, seus segredos, seu destino... mas oras, o que eu deveria fazer com o destino dos outros?
Dizem que eu sou única, como um trevo de quatro folhas. Se eu dou sorte? Não sei. Se o trevo dá? Não sei, acredito que ele também não saiba. Nós queremos viver nossas vidas, tomar banho de sol e de chuva, sem ter ninguém desabafando por perto. Afinal, ninguém é tão único que não possa ser substituído. Logo vai aparecer outra pessoa exatamente igual à mim. Trevos de quatro folhas, são especiais, mas não são únicos, existem aos montes por aí.
O problema dos trevos é a estaticidade. A terra é mesma, não muda. Talvez só os trevos mudem, se renovem. Ah, se eu pudesse me renovar com tanta facilidade. Apenas um pouco de água e eu me tornaria uma nova pessoa, não ligaria de ficar parada se isso fosse apenas a consequência de uma renovação.
Aprendi com os trevos que falta de carinho, mata. Trevo morre por falta de atenção o tempo todo e acho que eu morro um pouco também. No fundo, vai ver eu sou um trevo.

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