quarta-feira, 18 de maio de 2011

Alice e Pedro.

Era um sábado, mas não era um sábado qualquer, era carnaval. O relógio despertou e lentamente Alice se levantava, seria um longo dia, mas se previamente ela já imaginasse o que iria acontecer talvez se levantasse mais disposta. Se vestiu da maneira que havia combinado com as amigas e foi aproveitar o que o Rio de Janeiro tem de melhor para oferecer.
Duas horas depois, quatro homens que nada são além de quatro números para se somar na lista e o carnaval mostrava porque era a época mais esperada do ano. Ao caminhar pela multidão, entre milhares de rostos um se destacou. O desejo e reconhecimento mesclavam-se nos olhos de Alice e sua boca mal podia controlar o sorriso que se formava. Alice se aproximou devagar, (não pela dramatização da coisa, e sim, por estar andando contra a multidão) Pedro a reconheceu. Levados pela música, dançaram, separados e depois juntos. E então o mundo desapareceu. A música que dançavam já não era mais a mesma que estava tocando, era um ritmo que só eles conheciam e embalados por esse ritmo único, se beijaram.
Então eles cometeram um erro grave. Fizeram promessas e todos sabem que promessas foram feitas para serem quebradas. Mas não importava, eles só queriam se entregar àquele momento. Mas era tarde demais. Talvez nunca tenha sido o tempo certo ou até mesmo o lugar certo. A música que só eles ouviam aos poucos cessava, o mundo ao redor deles aos poucos voltava e eles sabiam que chegava a hora de se separarem.
Foram só alguns minutos, talvez somados não formem uma hora inteira, mas valeu a pena. E Alice não se esqueceu disso, Pedro talvez ainda se recorde. E o futuro ainda está acontecendo, pode ser que em alguns dias eles se reencontrem e ambos estejam preparados para o que está por vir.

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